quarta-feira, 13 de abril de 2011

Aborto: um silencioso massacre de crianças tão ferrenho quanto a Matança em Realengo


Ainda comovido pela chacina no bairro do Realengo (RJ) – quando pelo menos 12 crianças foram assassinadas friamente por um atirador de 23 anos de idade – não me saiu da mente o testemunho da aluna Jade Ramos (12), sobrevivente da tragédia:
“Ele ia atirando no pé das crianças pra não subirem, ia mandando as crianças virarem pra parede que ele ia atirar nelas. Aí as crianças falavam ‘não atira em mim, não atira em mim, por favor, por favor, moço’. Aí ele ia lá e atirava na cabeça das crianças.”
Tudo isso é muito triste e muito grave. A sensação de impotência adoece a nossa alma. Mas longe das luzes midiáticas e da comoção do momento há coisa muito pior acontecendo diariamente pelo Brasil afora.
Crianças ainda mais indefesas e incapazes sequer de suplicarem por suas vidas – "não atira em mim, não atira em mim, por favor, por favor, moço" – são levadas ao matadouro pelos próprios pais e assassinadas silenciosamente pelos profissionais do aborto que, não com um mero revólver carregado até a boca, mas com mãos assépticas e técnicas cirúrgicas precisas (sucção, dilatação e evacuação, dilação e curetagem, injeção de líquido amniótico com soluções cáusticas, histerotomia), tiram-lhes impiedosamente a vida.
Se o aborto provocado não é crime, por que então ficar comovidos e emocionados com o frio assassinato desses outros "brasileirinhos"?
Pense nisso, pois nenhum desses assassinos – o atirador do Realengo ou os usuários do aborto – ficará impune aos olhos daquele que disse "Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus" (Mateus 19.14).


Marcos Vasconcelos

Fonte: Assem-Bereia de Deus http://kedsonni.blogspot.com/2011/04/aborto-um-silencioso-massacre-de.html



sexta-feira, 8 de abril de 2011

Salmo 103

Pr Samuel Lopes da Silva

INTRODUÇÃO.

Os versículos 1 e 2 deste Salmo começam com a expressão: “Bendize ó minha alma, ao Senhor”.

Antes de falar da razão, porque o rei Davi, começa este salmo com a expressão “bendize”, preciso informar o significado do vocábulo Bendizer.

Segundo o Dicionário da Barsa, bendizer é “abençoar; louvar; glorificar”.

Deixemos de lado o abençoar e o louvar e tracemos algumas considerações sobre o glorificar, porque “Bendizer é glorificar”. Nesse caso o versículo poderia ter sido escrito assim: “Glorifique, ó minha alma, ao Senhor”. Mas o que é glorificar? Você poderá responder é bendizer; é louvar. Certo. Porém eu quero mais: glorificar é dar glórias; é prestar culto ou homenagear; é honrar. Nesse caso, os versículos 1 e 2 do Salmo podem ser lidos assim: “Preste culto, ó minha alma, ao Senhor por todos os benefícios que você tem dele recebido e tudo o que há em mim glorifique o seu santo nome”.
Eu não vou citar aqui o que pode existir em você que não glorifica ao Senhor. O apóstolo Paulo recomenda: “Examine-se o homem a si mesmo” I Co 11.28. Cada um de nós deve fazer um introspectivo (que examina o interior), para verificar o que há em si que não glorifica ao Senhor. Isto é de responsabilidade de cada um.
Uma recomendação do versículo 2 é não esquecer de “nenhum dos seus benefícios”
O ser humano é dotado desta virtude negativa: esquecer-se dos benefícios recebidos, por isso, a recomendação do rei Davi à sua própria alma: “e não te esqueças de nenhum de seus benefícios”.

A seqüência do Salmo apresenta quatro atitudes da parte do Senhor: O QUE O SENHOR FAZ; O QUE O SENHOR NÃO FAZ; O QUE O SENHOR É; O SENHOR QUE CONHECE. Vejamos:

I – O QUE O SENHOR FAZ (3-6).

1 – Perdoa todas as iniqüidades (v.3).

Iniqüidade é falta de equidade. Equidade é retidão; é integridade de caráter. O que o texto está dizendo é que o Senhor perdoa toda falta de retidão, toda falta de integridade, de caráter. Como integridade vem de íntegro, que quer dizer inteiro; completo; puro, logo o texto está dizendo que o Senhor perdoa a falta de caráter, dando um caráter puro, honrado Is 1.18.

2 – Sara todas as enfermidades (v.3).

É o próprio Senhor que faz a declaração de que sara todas as enfermidades Ex 15.26; Dt 32.39. É claro que na maioria das vezes temos que recorrer ao médico, que é um ministro de Deus para tratar de nossa saúde, mas isso não significa dizer que é o médico ou são os remédios por ele receitados que curam. Estes são apenas instrumentos usados por Deus para a realização do milagre. Foi por esta razão que o salmista escreveu: “e sara todas as tuas enfermidades”.

3 – Redime a vida da perdição (v.4).

Redimir é o mesmo que remir, e remir é “Libertar do cativeiro pagando o resgate”. Deus nos deu o Senhor Jesus, o qual se entregou voluntariamente para que pagasse com o seu próprio sangue o nosso resgate da ruína, isto é, da vida de perdição I Pe 1.18-23. O ato da salvação é um dom de Deus que se recebe pela graça, por meio da fé em Cristo Jesus Ef 2.8.

4 – Coroa de benignidade e de misericórdia (v.4).

Entre outros significados, coroar é premiar e benignidade é doçura; clemência; bondade. É isto que o Senhor faz: transforma o vil pecador, o homem mau, valente, soberbo, orgulhoso em uma pessoa doce, clemente, bondosa. Não foi por acaso isso que Ele fez com o apóstolo Paulo? Fl 3.4-8.

5 – Faz justiça e juízo a todos (v.6).

Em sua contestação quando do anúncio que Sodoma seria destruída, Abraão perguntou ao Senhor se Ele destruiria o justo com o ímpio, perguntando a seguir: “Não faria justiça o Juiz de toda a terra?” Gn 18.25. Depois de uma série de perguntas, o Senhor da a resposta definitiva: “Não destruirei a cidade por amor dos dez” Gn 18.32. Isto quer dizer que o Senhor não destruiria a cidade se houvesse apenas dez pessoas justas ali.

II – O QUE O SENHOR NÃO FAZ (9-10).

1 – Não repreende para sempre (v.9).

Deus sempre está dando uma oportunidade de arrependimento. Quando Ele repreende faz como um pai Hb 12.5-11.

2 – Não conserva a ira para sempre (v.9).

A misericórdia de Deus é tal que Ele como se estivesse esquecido das nossas maldades, nos proporcionou a salvação através da morte de Seu Filho, o Senhor Jesus e declara em Hebreus 10.17 “E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniqüidades”.

3 – Não nos trata segundo os nossos pecados (v.10).

O escritor do livro Lamentações nos informa que se não fosse a misericórdia do Senhor, nós se quer existiríamos (Lm 3.22), é isso que afirma a segunda parte do versículo 10. “Nem retribui segundo as nossas inquidades”.

III – O QUE O SENHOR É (8, 11).

1 – Misericordioso (v.8, 11).

O Senhor tem compaixão de nós pela nossa miséria.

2 – Piedoso (.8).

Ser piedoso é ser compassivo e ser compassivo é ter compaixão, ser compadecido.

3 – Longânimo (v.8)

Ser longânime é ter longanimidade, isto é, ter paciência para suportar ofensas.

4 – Grande em benignidade.

IV – O SENHOR NOS CONHECE (v.14).

Ninguém melhor que o autor do Salmo 139, que foi o próprio Davi, para provar que o Senhor nos conhece, basta para isso ler o versículo 16 deste salmo: “Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia”.

Isto é conhecer. Deus conhece os Seus servos.

CONCLUSÃO.

Davi encerra o salmo dizendo para todas as criaturas bendizerem ao

Senhor (20-22), e por fim: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor”.

fonte: http://prsamuellopes.blogspot.com/

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Eu quero ser um vaso novo


O profeta Jeremias foi chamado a descer à casa do oleiro para receber uma mensagem de Deus para a nação de Judá (Jr 18.1-6). Ali ele viu o oleiro trabalhando sobre as rodas, moldando o barro e fazendo dele um vaso novo. O vaso havia se estragado nas mãos, mas em vez do oleiro jogar o vaso fora, fez dele um vaso novo. Esse episódio encerra algumas preciosas lições:

1. Deus não desiste de você, mesmo quando você falha em cumprir seu propósito (Jr 18.4). O oleiro não jogou no lixo o vaso que se lhe havia estragado nas mãos. Ele não o colocou num canto como algo imprestável. Ele não desistiu desse vaso, mas fez dele um vaso novo. Assim, também, Deus não desiste de você. Mesmo quando você se torna como um barro sem liga ou como um vaso estragado, Deus continua investindo em sua vida. Ele não abre mão de fazer de você um vaso novo. Deus não desiste de fazer um milagre em sua vida. Ele não abdica do direito que tem de fazer de você um vaso de honra, um vaso útil, preparado para toda boa obra. Mesmo quando você cai, fracassa e se desvia, Deus não considera você como sucata imprestável. Ele não olha você com desprezo. Como oleiro divino, ele investe em sua vida e transforma você, para que você cumpra os propósitos eternos que ele mesmo estabeleceu para sua vida.

2. Deus não faz apenas remendos em sua vida; ele faz de você um vaso novo (Jr 18.4). O oleiro não remendou o vaso que se lhe havia estragado nas mãos. Ele não se contentou com meias medidas. Ele fez um vaso novo. A obra de Deus em você é completa. Ele faz de você uma nova criatura. Ele não quer apenas uma reforma externa, um verniz de aparência. Ele quer dar-lhe uma nova vida, uma nova mente, um novo coração, uma nova família, uma nova pátria. Deus tem para você uma vida nova, com novos gostos, novas preferências, novos alvos, novos sonhos, novos compromissos. A vida com Cristo é novidade de vida. É vida santa, é vida no altar, é vida cheia do Espírito, é vida abundante, maiúscula, superlativa, eterna. A obra de Cristo em você é um milagre extraordinário. Portanto, você deve despojar-se dos trapos da murmuração e revestir-se com as vestes de louvor. Você deve largar para trás o espírito angustiado e cobrir-se com roupagens de louvor e óleo de alegria.

3. Deus não faz de você um vaso segundo o seu querer, mas um vaso segundo o seu propósito soberano (Jr 18.4). Deus fez do vaso que se lhe havia estragado nas mãos um vaso novo, segundo bem lhe pareceu. A obra de Deus em você não é conforme os ditames da sua vontade, mas conforme os propósitos soberanos do próprio oleiro divino. Deus tem o melhor para você. Os planos de Deus para a sua vida são mais elevados do que os seus próprios sonhos. O projeto de Deus para a sua vida são mais altaneiros que os seus próprios projetos. A vontade de Deus e não a sua deve prevalecer em sua vida. Ele é o oleiro, e você o barro. Não é o barro que manda no oleiro; é o oleiro que molda o barro. O oleiro tem o direito de fazer do barro o que lhe aprouver. O oleiro divino que molda você é o mesmo que espalhou as estrelas no firmamento e o mesmo que lançou os fundamentos da terra. O oleiro divino está empenhado em esculpir em você a beleza de Jesus. Seu projeto eterno é transformar você à imagem do Rei da glória. Ele lhe predestinou para você ser conforme à imagem do seu Filho. Deus jamais desistirá desse projeto. Seus planos não podem ser frustrados. Se preciso for, ele vai quebrar o vaso e fazê-lo de novo. Mas, jamais vai desistir de fazer de você, um vaso de honra.

Rev. Hernandes Dias Lopes

Fonte:http://hernandesdiaslopes.com.br/2010/01/eu-quero-ser-um-vaso-novo/