terça-feira, 20 de setembro de 2011

A importância das conexões na comunicação do evangelho



Rev. Hernandes Dias Lopes

Jesus foi o maior de todos os mestres. Seus discípulos o chamaram de mestre. Ele mesmo se apresentou como mestre e até seus inimigos reconheceram que ele era mestre. Jesus foi o maior de todos os mestres por causa da variedade de seus métodos e por causa da sublimidade de sua doutrina. Jesus não foi um alfaiate do efêmero, mas um escultor do eterno. Sendo o Mestre dos mestres, o maior comunicador de todos os tempos, Jesus usou com perícia invulgar importantes conexões em sua comunicação. Quero ilustrar esse fato incontroverso com suas cartas endereçadas às igrejas da Ásia Menor. Visitando as ruínas dessas históricas cidades recentemente, pude constatar de forma inequívoca essas conexões usadas por Jesus. Vejamos, por exemplo a carta enviada à igreja de Laodicéia.

1. Jesus usou a conexão geográfica. Laodicéia era uma rica cidade situada no Vale do Lico, uma fértil região, entre as cidades de Hierápolis e Colossos. Hierápolis é uma fonte termal, de onde jorram águas quentes do topo de uma montanha branca, chamada castelo de algodão. Essas águas quentes eram terapêuticas. Em Colossos, do outro lado do vale, ficavam as fontes de águas frias, também terapêuticas. Porém, Laodicéia não tinha fontes de águas. Suas águas vinham por meio de dutos desde as montanhas e chegavam à cidade mornas e sem qualquer efeito terapêutico. Jesus usa essa conexão geográfica para dirigir-se à igreja, dizendo-lhe: “Conheço as tuas obras, que nem és quente nem frio. Quem dera fosses frio ou quente. Assim, porque és morno nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca”.

2. Jesus usou a conexão econômica. Das três cidades do Vale do Lico, Laodicéia era a mais rica. Era um poderoso centro comercial. O comércio de ouro vindo de Sardes era famoso. A cidade era um dos maiores centros bancários da Ásia Menor. A igreja longe de influenciar a cidade, foi por ela influenciada. Ao olhar-se no espelho, julgou-se rica e abastada. Jesus, porém, repreende a igreja afirmando que ela era pobre e miserável e deveria comprar ouro puro para se enriquecer. Conforme o ensino de Jesus a riqueza material não é sinônimo de prosperidade espiritual.

3. Jesus usou a conexão industrial. Laodicéia era famosa pela indústria têxtil. A lã de cor escura, fabricada em Laodicéia, era famosa em toda a Ásia Menor. A cidade tinha orgulho de sua indústria têxtil. Jesus usa esse gancho para exortar a igreja, ordenando-lhe a comprar vestes brancas para se vestir, a fim de que sua vergonha não fosse manifesta.

4. Jesus usou a conexão científica. Laodicéia era o maior centro oftalmológico do Império Romano. Naquela cidade asiática fabricava-se o pó frígio, um remédio quase milagroso na cura das doenças dos olhos. Pessoas de todos os cantos do mundo viajavam para essa próspera cidade em busca de tratamento. Na cidade mais importante do mundo no tratamento de doenças dos olhos, havia uma grande cegueira espiritual, que estava atingindo a própria igreja. Então, Jesus exorta a igreja a comprar colírio para ungir os seus olhos, a fim de ver com clareza as realidades espirituais.

A mensagem do evangelho é imutável. Ela atravessa os séculos e não sofre variação. Porém, precisamos conhecer a geografia, a história e a cultura da cidade onde estamos inseridos, para fazermos conexões oportunas e pertinentes na comunicação do evangelho. Precisamos ler o texto e o contexto; precisamos interpretar a palavra e o povo. John Stott, um dos maiores expositores bíblicos de todos os tempos, falecido no dia 27 de julho de 2011, disse acertadamente que o sermão é uma ponte entre dois mundos: o texto antigo e o ouvinte contemporâneo. Que Deus nos ajude a abrir os olhos espirituais para fazermos as conexões necessárias, a fim de comunicarmos com mais eficácia a mensagem gloriosa do evangelho.


fonte: http://hernandesdiaslopes.com.br/2011/08/a-importancia-das-conexoes-na-comunicacao-do-evangelho/

domingo, 11 de setembro de 2011

O testemunho da última sobrevivente de 11 de setembro -"Deus é real e a oração funciona"


Genelle Guzman-McMillan conta sua história de sobrevivência e salvação em "Anjo no Entulho: O Resgate do Último Sobrevivente de 11/09

Genelle Guzman-McMillan insiste que não é o medo que a impede de voltar para marco zero de Manhattan. A funcionária da Autoridade Portuária, agora também uma autora, diz que é um calvário reviver como dois aviões sequestrados há 10 anos levou o World Trade Center a desmoronar, enterrando seus colegas de trabalho e ela mesma sob pilhas de escombros.

À medida que Guzman-McMillan esteve enterrada viva por quase 30 horas, os gritos que ouvia na escuridão ao seu redor logo desapareceram. Eu estava sozinha, ela pensou, e só conseguia pensar em uma coisa a fazer - clamar a Deus.

Guzman-McMillan diz, 10 anos depois, que 11 de setembro de 2001 foi apenas mais um dia normal. As coisas estavam indo muito bem entre ela e seu namorado, ela estava feliz com seu trabalho no piso 64 da torre norte do WTC e, apesar de sua educação religiosa, ela estava muito bem sem Deus, tendo o rejeitado há muito tempo.

Guzman-McMillan narra sua história de sobrevivência e salvação em "Anjo no Entulho: o resgate miraculoso do último sobrevivente de 11 de Setembro", lançado no mês passado pela Simon & Schuster. No espaço de 240 páginas narra as ações da nativa de Trinidad e Tobago, como ela e seus colegas de trabalho começaram a fugir de seu escritório no edifício de 110 andares e como ela fez uma pausa no 13 º andar para remover salto alto. Foi então, Guzman-McMillan diz, que seu mundo inteiro, literalmente, desabou e sua vida mudou para sempre.

Apesar de ficar presa por 27 horas sob os escombros, acreditando que ela, sem dúvida iria morrer, Guzman-McMillan disse ao The Christian Post que ela não se arrepende de suas decisões naquele dia.

"Não, não me arrependo de tudo o que aconteceu", a mãe de quatro filhos, disse. "Ele me fez uma pessoa melhor. Eu tenho um relacionamento mais profundo e íntimo com Deus."

Guzman-McMillan, que mora em Long Island com o marido, casada há nove anos e seus quatro filhos, nem sempre teve esse relacionamento com Deus. Apesar de ter crescido em um lar cristão, a mulher de 40 anos diz que nunca levou o que tinha sido ensinado muito a sério.

Solicitada a descrever sua vida antes dos terríveis acontecimentos de 11 de setembro, Guzman-McMillan disse que ela viveu uma vida selvagem cheia de festas, bebedeiras, e a fazer o que quisesse.

Apesar de ela não ter qualquer tipo de relacionamento significativo com Deus, ela sabia o suficiente sobre Ele para perceber que ele era sua única esperança de sair dos escombros com vida.

Presa sob concreto e aço com a mão direita presa sob seu corpo e as pernas esmagadas debaixo de uma viga de aço, Guzman-McMillan estendeu a mão esquerda para fresta de espaço aberto acima dela e encontrou forças para rezar ... e orar e orar. Tendo certeza de seu destino eterno, Guzman-McMillan implorou por horas para Deus perdoar os seus pecados e lhe dar outra chance.

"Eu disse-lhe: 'por favor, Deus, se o Senhor me salvar hoje ... me dê uma segunda chance, eu prometo que vou fazer a tua vontade", disse McMillan-Guzman à Christian Broadcasting Network (CBN), acrescentando que ela foi séria nas promessas que fez naquele dia.

Com a mão ainda estendida acima dela no espaço aberto entre os escombros, Guzman-McMillan pediu a Deus para enviar-lhe um sinal de que Ele ouviu sua súplica.

"Alguém me agarrou pela minha mão e me chamou pelo meu nome, dizendo: 'Genelle, eu tenho você. Meu nome é Paul", ela contou para a CBN.

"Eu estava pedindo a Deus por um milagre, um sinal e Paul segurou minha mão tão apertado ... tranquilizador", disse McMillan-Guzman , acrescentando que ela tinha certeza que não estava alucinada.

Dentro de minutos depois de Paulo aparecer, Guzman-McMillan podia ouvir as equipes de resgate gritando por sobreviventes. Ela se lembra da reunião dos homens que, naquele momento, a puxou dos escombros. Mas, a Paul, "eu nunca cheguei a conhecê-lo", disse ela.

Guzman-McMillan está convencida de que este misterioso Paul era um anjo enviado por Deus para incentivá-la ao longo de sua provação, que era o sinal pelo qual ela tinha orado.

Ao ser retirada dos escombros e levada para um hospital, ela diz que já sentiu uma mudança.

"Eu sabia que era uma pessoa mudada. ... Eu só estava louvando e glorificando a Deus", disse ela.

Não muito tempo depois de ser liberada do hospital, onde permaneceu por mais de seis semanas e foi submetida a quatro cirurgias de grande porte, Guzman-McMillan disse que a única coisa na sua mente é que iria ser batizada, uma coisa que ela tinha prometido a Deus que ela faria.

Outra promessa em sua lista era casar com seu namorado, que ela fez em 07 de novembro, no mesmo dia ela foi batizada.

Guzman-McMillan, que é membro do Brooklyn Tabernacle por 10 anos, disse ao Christian Post que ela sabe que Deus a fez passar por aquela provação "horrível" por uma razão.

"Eu acho que estou aqui por uma razão e propósito maior. Minha vida hoje é uma bênção. Eu quero que as pessoas saibam sobre a minha experiência, o que eu já passei e como eu estou a superar essa adversidade na minha vida ", disse ao Christian Post. "Quero que as pessoas saibam que Deus é real ... que a oração funciona."

Fonte: The Christian Post
Tradução: Wellington Cirilo